Dataísmo #3 - Especial sobre audiências
As audiências mudaram: Tik Tok cresce ainda mais. TV e streaming. Influenciadores viram empresários. Idosos conectados igual aos jovens. E o influencer marketing e social commerce crescem mais ainda.
As audiências estão mudando…
Tik Tok é concorrência oficial do Instagram (e isso foi admitido pelo próprio dono do Facebook/Meta, o Mark Zuckerberg).
De acordo com dados do App Annie, cada usuário passou, em média, 19,6 horas por mês no Tik Tok em 2021…
Enquanto ficaram apenas 11,2 horas por mês no Instagram (li no G1).
Isso tudo tem muito a ver com o marketing de influenciadores. Com a exposição das pessoas, essa economia só cresce. Seja no Instagram ou Tik Tok…
De acordo com o Influencer Marketing Hub, uma das melhores maneiras de ver o crescimento do marketing de influenciadores nos últimos anos é comparar o tamanho estimado do mercado da indústria a cada ano: cresceu de US$ 1,7 bilhão em 2016 para US$ 9,7 bilhões em 2020.
O marketing de influenciadores movimentou US$ 13.8 bi em 2021. Tem projeção de US $ 16,4 bi em 2022. A maioria das marcas escolhe o Instagram para campanhas. A taxa de engajamento é maior nessa rede social. Social Commerce tem previsão de 2.900 bilhões de dólares até 2026 (detalhes e análise aqui).
E fica difícil não falar do Big Brother Brasil quando conversamos sobre audiência nessa época do ano.
O programa está em todo o lugar: um assunto quente no Google e em todas as redes sociais. Diariamente.
Mas muitos têm questionado se a audiência do BBB flopou.
É que, apesar de ser a menor audiência da TV com o BBB dos últimos 2 anos, a Globo ainda é líder em relação aos outros canais, bateu recordes de menções nas redes sociais com mais de 2 a 3 milhões de publicações por dia e dados de audiência ainda nem incluem o GloboPlay (detalhei esses dados e insights no blog).}
Também marcando mudanças, pesquisa mostrou que a internet não é apenas território dos jovens. A maioria dos idosos está online, usa vídeos e compra em e-commerces, especialmente depois da quarentena (detalhes aqui). A digitalização chegou para todos.
E tem quem use a audiência a seu favor:
Bianca Andrade, a Boca Rosa, transformou a sua carreira. Apesar de não ter agradado a todos quando passou pelo BBB e também de ter um início de carreira que dividiu opiniões… Evoluiu de influenciadora a empresária. O lançamento das boquinhas utilizou vários recursos de marketing - e aproveitou os insights da audiência a seu favor. O resultado foi que o produto das gummies para cabelo esgotaram. Escrevi sobre esse caso de sucesso no blog e como ela chegou na Forbes Brasil (aqui).
Anitta foi a primeira brasileira a participar do Tonight Show, programa de entrevistas americano com o Jimmy Fallon.
Durante a sua carreira, ela tem usado as redes sociais como forma de potencializar o seu sucesso. E o resultado veio.
Já são mais de 1.1 milhões de visualizações nesse vídeo do canal do programa de tv (no Youtube).
Sua performance tem mais de 1.9 milhões de visualizações lá (no Youtube).
Apenas a nível de comparação, tem um da Hale Berry com apenas 46 mil views no mesmo canal (aqui).
A Coca-Cola aproveitou a audiência da cantora Ava Max para potencializar suas ações de realidade aumentada com música. O lançamento da Coca Starlight (sabor que veio do espaço) explora música, games, tecnologia. E Ava é uma das cantoras fãs da Coca e que arrasta muita gente nas ações digitais. Detalhes do case no blog também.
E por último, uma reflexão: vale tudo pela audiência? Brunna Gonçalves foi eliminada do BBB por não ter jogado muito. Mas ela saiu com pontos positivos: sua marca pessoal não foi associada a nenhuma polêmica, briga ou afins. Sua exposição pode não ter “valido” para muitos no programa, mas depois dele, ela tem grandes chances de fazer 1 milhão e meio sem ganhar o reality, já que está a sua reputação em dia (análise aqui).
Até breve
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Sobre o Dataísmo
👩💻 Escrito por Juliana Freitas, potiguar no Rio de Janeiro. Profissional de Comunicação, Consumer Insights e pesquisadora.
📊💡 O Dataísmo foi criado para compartilhar (enquanto busco aprender e melhorar) sobre comunicação, cultura e consumo, com histórias guiadas por dados.
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