Dataísmo #2 - BBB, NFTs, GenZ e outras siglas em alta
BBB mexendo com a comunicação. Os NFTs têm movimentado o mercado, seja por bem ou por mal. E GenZ: o que pensam os jovens?
Essa é a segunda newsletter do Dataísmo e, se você é novo aqui, bem vindo à curadoria de conteúdo com insights sobre comunicação, dados e tecnologia. Se continua, então vamos.
Big Brother Brasil
Em todo o lugar.
Começamos o ano com a notícia do programa ter recorde de publicidade: 600 milhões em faturamento.
Marcas Americanas, Avon e PicPay compraram as cotas “Big”, as mais valiosas (R$ 91.9 milhões cada). C&A, Heineken, P&G e Seara são os patrocinadores das cotas “Anjo”, a segunda linha de patrocinadores (R$ 69.4 milhões cada). Isso já superou todas as receitas de 2021.
O programa nem tinha começado e os participantes já contavam com recorde de seguidores. Vyni conquistou 2MM com o fã clube dos lampiões.
Mas nem todos estão satisfeitos com o enredo. Alguns dizem que falta discórdia e esse seria o BBB do amor. Esse artigo do jornal O Dia é um reflexo do que alguns dizem nas redes sociais: falta de ódio.
Seja de um jeito ou de outro, as marcas têm criado posts de oportunidade, com publicações divertidas de momentos do jogo e o encontro histórico do SBT e Globo comemorando o neto do Silvio Santos se tornar líder
E o BBB se mostra cada vez mais como uma vitrine de influenciadores. A primeira eliminada do BBB 21, Kerline conseguiu 1 milhão de reais sem ganhar o programa. Antes dela, existia quase uma regra: “não seja a primeira eliminada, ou você será esquecida”. Ela mesma dizia isso. Mas a participante mostrou que o seu marketing virou o jogo. O programa foi um trampolim para que ela conseguisse ações, networking, parcerias.
NFTs, a sigla do momento
NFTs (os token não fungíveis ou ativos virtuais) são ativos intransferíveis e digitais. Movimentaram o mercado, em especial o de luxo. Tem muita gente comprando roupas que só aparecem no celular, como o tênis filtro da Gucci.
E rendeu. Foram mais de 25 bilhões de dólares só em 2021. A Barbie também aderiu e lançou uma coleção exclusiva com a Balmain. Algumas empresas de luxo criaram departamentos dedicados para NFTs. Será que a bolha irá estourar nos mercados populares também?
Por enquanto, vemos algumas marcas entrando no mercado. A Revista Exame emitirá suas capas como NFTs (li na Exame).
O Twitter também vai começar a permitir que alguns usuários usem NFTs como fotos de perfil através de uma integração com carteiras digitais da Coinbase e Open Sea (vi no Tecnoblog).
Mas como o surgimento de qualquer tecnologia, vêm alguns pontos delicados a serem discutidos. E dessa vez foram os escravos digitais. A empresa Open Sea criou “Meta Slaves” (meta escravos negros). Sobre o assunto, Nina Silva, (CEO do Black Money e colunista do MIT Review) afirma que ainda dependemos do “bom senso” da sociedade e o mercado carece de regulação para questões raciais e discriminatórias (no Linkedin de Nina Silva).
GenZ ou geração Z: descobertas
Os jovens confiam mais em influenciadores do que em famosos tradicionais.
A geração Z já nasceu com as redes sociais (e talvez isso motive o fato de sua inspiração estar nos influenciadores digitais também).
A pandemia mudou o nosso consumo
É o que conta a nova pesquisa do Google Search Insights.
Compramos e buscamos mais integração física e digital, fomos a mais farmácias e mercados, e também compramos mais itens de tecnologia.
É possível que esses hábitos continuem mesmo depois da pandemia.
Jogos e suas comunidades, cada dia mais valiosas
Microsoft amplia a sua comunidade gamer. A aquisição da Blizzard por quase 70 bilhões de dólares vai além do valor financeiro. Estamos falando de uma comunidade que joga, discute, curte, engaja e, também, compra.
O joguinho viciante Wordle foi vendido para o New York Times. O criador contou o que fez o sucesso: limitar o número de jogos por dia. A gamificação das palavras agora é parte de um dos jornais mais tradicionais do mundo, que adquiriu toda uma comunidade que ama jogar cruzadinha virtual.
Até breve
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Sobre o Dataísmo
👩💻 Escrito por Juliana Freitas, potiguar no Rio de Janeiro. Profissional de Comunicação, Consumer Insights e pesquisadora.
📊💡 O Dataísmo foi criado para compartilhar (enquanto busco aprender e melhorar) sobre comunicação, cultura e consumo, com histórias guiadas por dados.
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